quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Vira o disco e toca o mesmo...

Nos últimos dias, com o aproximar do fim do processo Casa Pia, tem-se falado muito da falta de eficiência da nossa justiça. Neste país sempre ouvi dizer: aos ricos (ser rico neste país é relativo) nunca acontece nada e aos pobres acontecessem as desgraças todas.

A justiça não funciona porque é corrupta mas, no mundo sempre houve corrupção, até mesmo no tempo em que, na China se cortavam os pulsos aos corruptos. Pelo que chego à conclusão que, a corrupção (degradação em latim) é algo inato a algumas pessoas.

O problema no nosso país não é a corrupção mas, a impunidade e a naturalidade com que é encarada. O melhor exemplo que temos é, um primeiro-ministro que enquanto ministro do ambiente, permitiu a aprovação da construção do tão falado Freeport, em área protegida e prontinha na véspera de eleições. Ainda teve o descaramento de dizer em plena televisão nacional que não teve nada a ver com o assunto. Não sei o que andava a fazer no ministério, se nem sabia o que os seus supostos subordinados andavam a fazer. Pois bem, o mesmo senhor também foi escolhido duas vezes pelo seu “povo” (
tal e qual como os Camaradas dizem), para governar o país. E como quem faz 2+2=4, é óbvio que não é por o senhor mudar do cargo de ministro do ambiente para primeiro-ministro que se vai tornar menos corrupto.

E dito isto não percebo como é que as pessoas querem que 2+2=5! A sociendade portuguesa tem de mudar de mentalidade e tem de deixar de pensar: "que não interessa como se chegou onde se chegou... o que interessa é ter sucesso e um Mercedes! "

Gostava de poder fazer alguma coisa em relação a este assunto mas, acho que só nos resta fazer uma de duas coisas (obviamente, para além de não ter esta mentalidade): fazer como o meu avô que brinca com todas estas histórias e inventa nomes cómicos para os políticos (pondo todas as pessoas à volta a rir) ou então, pensar "o mundo é injusto mas, eu gosto de viver nele!"




P.S.: prometo um dia destes por aqui alguns dos nomes cómicos que o meu avô põe aos políticos.

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